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31 março 2018

{Resenha} ~ Os Imperiais de Gran Abuelo - Crônicas de Pólvora e Sangue #1 - M R Terci ~

Oi  meus amores, vocês estão bem?

A resenha de hoje, na verdade é uma republicação. O autor M R Terci realiza um trabalho incrível e eu já disse isso várias e várias vezes. Tive o prazer de ler essa obra antes mesmo da publicação em e-book. Posteriormente, ele publicou na Amazon, e somado ao sucesso e ao talento do autor, tivemos uma novidade incrível: ela será lançada em livro físico pela Editora Pandorga.

Claro que eu nem preciso dizer que surtei! É um sonho realizado, pois queria tanto ter o exemplar na minha estante e estou aqui surtando de felicidade!

A resenha foi publicada originalmente no Lua Literária, blog que não está mais em funcionamento, e devido ao lançamento, eu quis trazer aqui para vocês minha opinião e um pouco do enredo do livro. 

Quando li: Maio de 2016
Título: Os Imperiais de Gran Abuelo - Crônicas de Pólvora e Sangue #1
Autor: M R Terci
Editora: Pandorga - Lançamento previsto para Abril     
Avaliação: 
Postagem será atualizada conforme divulgações sobre capa e vendas

É válido iniciar minha resenha expondo (novamente) o quanto M R Terci é original. Desde que li um de seus livros, fiquei completamente in love com seu trabalho.

Voltamos ao Brasil reinado por Dom Pedro II. Para a defesa do Império, homens corajosos e astutos lutavam protegendo o povo e a nação; comandados e treinados por Manuel Luis Osório; conhecido popularmente entre o grupo como Gran Abuelo ou vovozão. Os Imperiais, assim intitulados, eram duramente treinados para enfrentarem quaisquer tipos de situações e inimigos; sejam eles sobrenaturais ou não.
"Os soldados de Gran Abuelo não se intimidam nem diante do próprio Demo." 
Gran Abuelo era casado e prometeu a sua amada esposa que, ao voltar da guerrilha, traria ouro para lhe presentear. O tempo passou, a mulher adoeceu gravemente e veio a falecer. Osório não conseguiu cumprir sua promessa. Desde então, Vovozão não era o mesmo; parecia que algo estava atormentando seu sono.

Acabou por falecer também, e Carabenieri; seu mais leal e antigo soldado, ocupou seu lugar ao comando dos Imperiais. Carabenieri recebeu a alcunha de Papá, sendo o livro narrado em primeira pessoa  por este personagem, sob a forma de diário.

Acontece que um mal estava assombrando também os soldados Imperiais. Dizia a lenda que era uma dama, sedenta por sangue, que tirava não apenas o sono; mas também a vida de muitos deles. Logo, a tal da dama foi relacionada à viúva de Osório. Diziam que a viúva estava a procura do ouro e de seu amado, que nunca retornaram.

Os Imperiais, assim sendo, saíram numa jornada com destino à capela de Santo Nicolau, em Tebraria; onde jazia a cripta da viúva; levando o caixão com o corpo de vovozão para tentarem combater a maldição.

E nesta jornada, nossos heróis irão descobrir que a dama da Cripta é o menor dos males que terão de enfrentar.
"Há olhares que, de tão trevosos, murcham as flores da campina e matam passarinhos no ninho. Nunca piscam, observam o ir e vir da vida, tomando toda a luz para si. Têm a cor dos abismos e jamais se cobrirão de pálpebras piedosas." 
O medo de spoiler é o que faz com que minha resenha não exponha muitos detalhes do enredo. Digo de antemão que, quando forem ler o livro, vão falar que escondi fatos de vocês. Acreditem, é necessário. A surpresa torna tudo ainda mais fabuloso.

Fazer uma resenha de um livro tão magnífico é algo realmente difícil. Assim como outros leitores que destacaram em suas resenhas, também digo que meu desejo é que essa obra seja lida por todos.

Eu amo história, porém a do Brasil, foi-me apresentada de uma forma muito cansativa e monótona na escola. Era algo que tinha de decorar, não aprender. Então, estabeleci o pré-conceito que poderia me sentir cansada durante a leitura, já que temos uma passagem viva da nossa história. E também acreditei se tratar apenas de uma saga de homens que saíram numa jornada para proteger o corpo morto de seu general. Ahhh como estava enganada! Já devia saber da complexidade da mente do autor.

Em se tratando do contexto histórico encravado no enredo, M R Terci foi incrivelmente inteligente. Cada leitor tira suas próprias conclusões, claro. No meu caso, foi um verdadeiro aprendizado. Muitos detalhes eram completamente desconhecidos por mim, e assim sendo, a leitura foi muito rica em conhecimento. Quando li o nome Manuel Luis Osório, patrono da arma de cavalaria do exército brasileiro; já interliguei à Guerra da Tríplice Aliança. Não, não fujam! Também não gostava de falar desse assunto até ler esse livro.

Terci nos passa conhecimento de uma forma muito prazerosa e cheia de aventura. A mescla entre realidade e fantasia deixou o enredo perfeito e rico. A empolgação para com a história surgiu exatamente no fato de se tratar de um enredo inteligente, que me instigou a querer saber mais; a querer buscar a realidade dos personagens e das situações que realmente aconteceram. E esse é um novo elogio que trago ao autor: ele instiga o leitor a querer saber mais, a buscar por conhecimento. E falando sério, hoje em dia estamos tão carentes de autores que façam isso.

Digo com todas as letras que, se tivesse lido esse livro na fase escolar, aprender esse pedaço da história do Brasil teria sido mais interessante, com toda certeza.

Ressalto que o autor não “joga” os fatos históricos no leitor, e tão pouco se trata de meras citações. Ele teve muito cuidado ao levantar esses pontos. Mostra ao leitor as dificuldades que os soldados enfrentavam em batalha; a realidade nua e crua das epidemias que acometiam nosso país, e não posso deixar de citar, a triste verdade da escravidão. Ler a obra nos faz compreender melhor a realidade do nosso passado.

A parte fantástica também não ficou para trás. Não é exagero dizer, repetidamente, que o autor tem a mente brilhante. Trazendo elementos do nosso próprio folclore, somados à sua originalidade sem igual; o enredo se torna mágico e diferente das outras obras que li de sua autoria. Sabemos que é uma história de guerra, mas não estamos preparados para os rumos que a leitura seguirá.

Outro ponto que me deixou em êxtase, também já comum nos livros do autor, é o reencontro com personagens e lugares de outros livros de sua autoria. Amei reencontrar uma velha amiga da Cripta, e conhecer ainda mais sobre sua história.

Devido a minha curiosidade, a leitura foi demorada, pois fiz pesquisas enquanto lia. Mas isso não quer dizer que você também precisará se dispor de pesquisas. Eu as fiz por ser curiosa, por sentir vontade em saber exatamente onde estava pisando. E gosto disso. Até meu vocabulário se tornou mais rico. Porém, apesar de toda a concentração depositada, surgiram novos sentimentos de minha parte em relação às obras de Terci.

Antes de falar sobre “tais sentimentos”, para que vocês possam me compreender melhor, vou citar os personagens.

Gran Abuelo, apesar de falecido; se faz muito presente através das memórias que Papá nos passa. E como não gostar de Papá... Tão corajoso e destemido. Tão íntegro. Quisera eu ser protegida por ele!

Medroso se tornou meu personagem favorito. Quem já leu minhas outras resenhas que tratam de outras obras do autor, devem ter notado uma diferença gritante. Desta vez, foram os personagens humanos que me conquistaram. Se tornou totalmente impossível não ser conquistada pelos Imperiais. Me senti parte do grupo, e assim como eles, passei a não temer “as páginas” que estavam por vir. Saibam que não existe permissão para o medo entre os imperiais.
"A farda não abafa o homem no peito do soldado."
Talvez movida pelo espírito de coragem, pela primeira vez fiquei relaxada em um livro do autor; e as peripécias do grupo me arrancaram risos. Rir e relaxar em uma obra do Terci? Achei que seria impossível, pois nas demais precisava tomar relaxante muscular, tamanha era minha tensão.

Não se enganem, por favor. Que fique claro que foram em alguns momentos.

Apeguei-me por completo com o bando de humanos e essa foi uma fraqueza. É minha regra pessoal não me apegar com humanos quando se trata de horror.

Por falar em horror, ele se manteve clássico e inteligente como sempre. A atmosfera não muda, temos a sensação de estarmos “acompanhados” mesmo nos momentos que ditei como relaxantes. Nada forçado, nada apelativo. Apenas acreditamos naquilo que está escrito e nossa mente faz o resto.
"Há uma regra no campo de batalha: quando um homem vai ao chão cadáver, ele não mais se levanta. Odeio quando violam as regras militares!" 
Enredo coerente desde os mínimos detalhes, tão fácil de ser visualizado. E ainda hoje, ao conversar com o autor, entendo o motivo dessa conexão “visual” que senti ao ler: ele foi a fundo em pesquisas, até esteve onde os Imperiais e Dom Pedro II estiveram, tudo para deixar nossa leitura ainda mais palpável.

Recomendo a leitura, para todos, mesmo para aqueles que não gostam de horror. O teor histórico é realmente fabuloso. É um livro que terei em casa, e que servirá para presentear de conhecimentos meus filhos (quem sabe), sobrinhos e afilhadas.

Estou muito feliz em saber que o livro será publicado, e completamente ansiosa pelo lançamento.

Mais um para a minha coleção particular de livros favoritos do autor.

10 comentários:

  1. Como não conhecia o livro e nem o trabalho do autor, estou aqui fascinada com tudo que li acima!
    Juntar história de verdade, com base sólida e ainda essa pitada generosa de terror e suspense, é dádiva que poucos autores hoje em dia conseguem fazer com maestria.
    E claro, lendo a resenha, a gente percebe nitidamente que o autor fez o dever de casa completo, trazendo para o leitor não só parte de nosso passado, mas também um enredo de tirar o fôlego.
    Aguardar o lançamento!
    Beijo

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  2. Hey Biia!
    Eu tinha lido uma resenha só flando desse livro mas fazia um tempinho já, como eu curto o gênero gostaria mto de ler e conhecer a escrita, parece fluir bem a leitura, espero conseguir em breve.
    Bjs!!

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  3. Parabéns! A resenha ficou incrível, como sempre! Admiro sua facilidade em transcrever os acontecimentos em suas resenhas, fica muito fácil para o leitor se interessar pela obra, esse é o verdadeiro significado e é realmente ótimo ler resenhas bem escritas como a sua antes de embarcar nas histórias! Os elogios ao autor são totalmente merecidos e "Os Imperias de Gran Abuelo" está na minha lista dos preferidos e muito desejado!!!

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  4. Parabéns! A resenha ficou incrível, como sempre! Admiro sua facilidade em transcrever os acontecimentos em suas resenhas, fica muito fácil para o leitor se interessar pela obra, esse é o verdadeiro significado e é realmente ótimo ler resenhas bem escritas como a sua antes de embarcar nas estórias! Os elogios ao autor são totalmente merecidos e "Os Imperias de Gran Abuelo" está na minha lista dos preferidos e muito desejado!!!

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  5. Oi Bia.
    Esse livro parece bem interessante, além de ser uma forma diferente e talvez divertida de contar a história do Brasil, com algumas adaptações rs Talvez esse livro devesse ser lido na época da escola. Assim os alunos veria a história do país por um outro prisma e poderiam fazer melhores links com o que foi aprendido em aula.
    Apesar dos elogios, não fiquei interessada em ler o livro.
    Muito sucesso ao autor.
    Beijos

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  6. Oi Bia,
    Fiquei completamente fascinada com essa resenha! Estou ansiosa para conhecer o trabalho desse autor e ter esse livro na estante assim que for publicado.
    Fui conquistada já no inicio ao saber que o enredo traz um contexto histórico riquíssimo, com uma trama que se passa no Brasil durante o império de Dom Pedro II. AMO história, sempre foi a minha matéria favorita na escola, mas foi apenas no terceirão que tive uma verdadeira aula de história, com um ótimo professor.
    Achei muito interessante esse livro, uma verdadeira aula de história do Brasil, escrita de uma forma sem deixar a leitura cansativa e exaustiva. Fiquei curiosa para conferir esse enredo original, mesclando a realidade com a fantasia, com muitas surpresas ao longo da leitura.
    Beijo

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  7. Não conhecia o livro nem o autor mas achei legal por ter uma pegada diferente dos livros maçantes de história que lemos no colégio, também gostaria de ter lido ele enquanto estava na escola para saber mais sobre a história do Brasil de uma forma diferente.

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  8. Gostei da proposta do livro!! Conta uma parte da história do nosso Brasil só que de outra maneira. Acho que o livro traz muitas aventuras e ao mesmo tempo, um certo suspense, mistério!!

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  9. Na verdade nunca tinha ouvido falar nessa Editora nem no livro e confesso que eu não fiquei tão interessado em ver ele apesar de ter sido completamente cultivada pelo mistério que o movimento está presente no longo da história

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  10. Eu nunca tinha ouvido falar do autor e nem desse livro, eu nao curto muito horror portanto o livro nao me interessou mesmo você dizendo que recomenda ate para quem não gosta de horror, apesar de o livro parecer ser muito inteligente, a história do Brasil é algo que estou me interessando mais por agora, porque antes não tinha nenhuma vontade e achava mt cansativo aprender tbm. Quem sabe algum dia eu leia, mas por enquanto eu passo.

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