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22 maio 2017

{Senta que lá vem história!} ~ Memórias perdidas ~

Oieee,  pipows!
Como estão?

Curtindo essa overdose de resenhas que está rolando aqui no blog? Tá lindo demais, num tá?
Eu espero que vocês reservem um caderninho a mais aí pra poder anotar todas as dicas que estamos dando por aqui, pois a intenção é fazer com que chova dica boa!

Como nem só de resenha vive o homem, resolvi dividir com vocês um conto super bacana que eu li hoje. Ele é de um autor chamado L. F. Riesemberg e ele tem - ou tinha, já que não posta há anos - um blog onde ele postava seus contos. Acho que ele até chegou a escrever um livro com eles, mas busquei informações sobre e não achei. O blog se chama Contos Fantásticos, e lá vocês poderão encontrar contos de tudo quanto é tipo.

O que eu trouxe pra vocês não é de terror! Rs. Eu não sei se é ficcional ou não, mas sei que ele nos faz refletir um bocado sobre a vida, sobre nossos encontros e desencontros com pessoas que gostamos/amamos. Espia!


Memórias Perdidas
~ L. F. Riesemberg ~

Cassiano foi um colega de colégio quando tínhamos quinze anos. Ele gostava de aviões. Uma vez tentou fazer com que eu dividisse com ele o valor de um foguete de brinquedo que prometia atingir uma altitude extraordinária. Mas acabei não lhe ajudando, para não gastar minha mesada com uma brincadeira que só duraria alguns segundos.

Passamos três anos como amigos. Não melhores amigos, mas amigos. Rimos juntos, principalmente da vez em que ele me devolveu um cd do Motorhead, que eu lhe havia emprestado, sem perceber que dentro da capa estava um do Willie Nelson. E também nos divertimos quando ele me contou que foi sozinho a um restaurante, almoçou e, ao ir pagar a conta, descobriu que aquilo era uma festa familiar fechada ao público.

Isso tudo aconteceu há mais de dez anos. Recentemente lembrei essas histórias e as contei para novos amigos. Eles ouviram atentamente, riram aquele riso doído, e então dedicamos um brinde a essas memórias.

Falar sobre Cassiano o traz de volta à vida. Assim como olhar velhas fotografias faz com que tudo o que já não mais existe, volte a existir.

Lembro da última vez que vi meu amigo. Ele estava sozinho na rua. Paramos, lembramos das nossas velhas histórias de sempre, e depois nos separamos, como se logo fôssemos nos rever. Esse dia ficou gravado em mim como o final de um filme, mas não foi um bom final. Poderia ter sido mais intenso, cheio de emoção, como um verdadeiro adeus de amigos deve ser. E isso me ensinou que, a cada momento, posso estar vivendo o final de um filme. É por isso que, se eu soubesse o que sei hoje, teria usado minha mesada para ajudá-lo a comprar o foguete, quando tínhamos quinze anos.

Eu estava errado: aquele voo não duraria somente alguns segundos, como imaginei. Até hoje estaria subindo ao céu azul, sob os raios dourados do Sol, e então nosso breve sorriso estaria gravado eternamente em minha memória, como uma fotografia.

As memórias mais tristes são aquelas às quais não demos o direito de nascer.



Bem legal, né?
PPP também é reflexão! Hahhaha
Brincadeiras à parte, acho que nunca é tarde para tentarmos aprender a nos despedir de cada pessoa que amamos como se aquela fosse a última vez. Nunca é tarde para darmos valor àquelas pequenas coisinhas que, aparentemente, são insignificantes. Ainda há tempo para dizer o que sentimos, há tempo para demonstrar o que sentimos. Né?
Então bora botar tudo isso em prática, pois falar é mais fácil que fazer... isso demanda certo treinamento, concordam?

E eu vou ficando por aqui!
Uma noite linda pra vocês!

Beijocas!


15 comentários:

  1. Tá de madrugada e eu tô sem sono nenhum, passei aqui pra ver se tinha algo novo e me deparo com o meu, o seu, o nosso tão amado Senta que lá vem história. Já tava pensando que leria aquele conto de terror no escuro pra fica legal mas ao invés disso vejo esse conto tão reflexivo e de certo modo triste. Triste pois é sobre uma realidade, sobre lembranças, sobre sentimentos nostálgicos, sobre oq podiamos ter feito de diferente. Agora estou aqui pensando, lembrando e meio que devaneando sobre muitas coisas, pessoas e tal. Acho que vou sonhar com amigos de infância agora rsrs:)
    Bjs

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    1. Aí quando eu resolvo variar um bocadinho e colocar um conto mais amorzinho (e realmente triste), a pessoa vem e lê de madrugada! Hahhahaa
      Não vale!
      Pelo menos o conto irá proporcionar momentos de reflexão e bons sonhos! Rs

      Beijos

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  2. Fabí!!
    A maioria das vezes pensamos que estamos fazendo a coisa certa, e acho bem difícil alguém tentar acertar de primeira, um conto super reflexivo a fazer com que você pare e reflita um amigo diversas vezes me ajudou e gostou da minha companhia desde a infância brincamos juntos dividimos alegrias e tristezas e não posso voltar no passado e mudar tudo que não fiz.
    Muito bom, abraços Fabí!!!

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    1. Não podemos voltar ao passado, o que é uma pena, né? Mas podemos começar a tentar mudar as coisas no nosso presente pra não termos do que nos arrepender no futuro! Mas realmente não é nada fácil...
      Beijocas!

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  3. Oi Fabi!
    Que tapa na cara esse Senta que lá vem história de hoje heim...
    É bem por aí msm, a gte com essa correria esquece até de olhar pro lado ás vezes...
    Me bateu uma nostalgia agora, lembranças... ufaaaa ufaaa!
    Adorei!
    Bjs!

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    1. Foi mesmo, Aline!
      Ele mexeu comigo exatamente por causa disso: a correria está me afastando das pessoas que gosto, das coisas que eu gosto. É preciso ter mais atenção a essas coisas, né?

      Beijocas

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  4. Oi Fabi!
    Estava com saudades de ler os posts desta coluna!
    Adorei o texto! Linda a mensagem! Realmente, falar é fácil, mas a cada dia temos a oportunidade de fazer algo diferente e de gerar algum valor na vida das pessoas. E o melhor é não perder nenhuma dessas oportunidades :)
    Bjos!

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    1. Fato, Anninha!
      Precisamos aprender a praticar essa empatia diariamente... aprender a olhar pro lado e para as pequenas coisinhas!

      Beijocas

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  5. fabi, concordo com vc. A gente nunca pensa que tudo pode acabar num piscar de olhos, que a vida não espera pra gente poder se despedir. Se as pessoas pensassem bem, aproveitariam cada minutinho que a passam por aqui, porque o amanhã é incerto demais pra gente ficar esperando.
    Beijinhos!

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    1. A vida é efêmera demais e a gente nunca se dá conta disso, né? Nessas horas a gente para, pensa... mas nada de colocar em prática! É algo que precisamos trabalhar diariamente...

      Beijocas

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  6. Oi, Fabi!!
    O conto não foi de terror mais bateu do mesmo jeitinho!! Bateu a nostalgia dos tempos que ficava horas com as minhas amigas conversado na rua sem preocupações!! Agora é tão dificil nos termos tempo para isso!
    Bjoss

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    1. Verdade, eu fazia o mesmo e morro de saudades disso!
      Às vezes me pego pensando se isso não é culpa nossa, por não termos mais tanto interesse assim eu trabalhar nosso tempo para que tudo possa ser feito...

      Beijocas

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  7. Oi, Fabi. Aqui é o autor do conto. Fico feliz que ele tenha causado reflexões em você e em suas leitoras. Raramente procuro meu nome na internet, por isso levei tanto tempo para comentar aqui. E caso tenha ficado curiosa, é uma história real que aconteceu comigo. Mais uma vez obrigado, e parabéns pelo blog. Abraço!

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