{Resenha} ~ Ligeiramente casados - Mary Balogh ~

Preparados para a primeira resenha do ano?
Preparados para um livro amorzinho para dar aquela aquecida no coração?

Aliás, antes de começar...
"Cês tão" bem, né? Hihi
Agora sim, podemos partir para o que interessa!

Skoob
Quando li: Dezembro, 2017
Título: Ligeiramente casados - Os Bedwyns #1
Autor(a): Mary Balogh
Páginas: 288
Editora: Arqueiro
Avaliação: 
Onde comprar? Americanas | Amazon | Saraiva | Submarino

Antes de começar a resenha, gostaria de fazer algumas considerações. A primeira, é que como as sinopses têm sido cada vez mais fofoqueiras, decidi que, daqui pra frente, não as postarei nas resenhas. Deixei o link do Skoob logo no início, caso você queira conferir a sinopse. A segunda é um lembrete sobre a nossa amiga pimentinha aí na avaliação. Para quem chegou agora, essa pimentinha quer dizer que há cenas de sexo na trama - a amarelinha quer dizer que as cenas são mais leves. A vermelha, que são mais calientes. Combinado? Agora sim, vamos à resenha!

" 'Custe o que custar!' O eco dessas últimas palavras ditas pelo homem à beira da morte ressoavam nos ouvidos do coronel. O que poderia significar? O que exatamente ele jurara fazer?"

O lorde Aidan Bedwyn, conhecido também como o coronel do exército britânico, encontra um de seus capitães à beira da morte. Os últimos pensamentos do homem foram destinados a sua irmã mais nova, bem como suas últimas palavras. Ele pede para que o coronel leve a notícia à moça, pessoalmente, e faz com que o homem prometa que irá protegê-la custe o que custar. Aidan, movido pelo seu senso de honra e ciente de que deve sua vida àquele homem, promete que irá fazê-lo, sem nem saber o que esse "custe o que custar" pode significar.

Ao chegar à propriedade do falecido Sr. Morris, ele encontra um lugar agradável e próspero. O Solar de Ringwood é um lugar bem administrado, bem cuidado e com terras férteis. E ali ele encontra não somente prosperidade, encontra também uma bela senhorita que tem um coração de ouro. Após dar a triste notícia, ele se bota à disposição para quaisquer desejos da moça, tendo sempre em mente a promessa feita ao seu irmão. Mas Eve Morris jamais dirá com todas as letras o que fez com que seu irmão fosse tão incisivo em seu pedido.

Acontece que, de acordo com o testamento de seu pai, após sua morte, Eve teria direito à fortuna e à propriedade do homem por um ano. Se até o aniversário de morte de seu pai ela ainda não tivesse se casado, a propriedade passaria para seu irmão, Percival Morris, o capitão que caiu em batalha. Caso ela não se case dentro do prazo estipulado, ela perderá tudo o que tem. Quem irá tomar posse de seus bens será um primo insuportavelmente arrogante e mesquinho, e esse homem já tem planos para colocar todos os que ali moram no olho da rua.

" - Madame - começou ele a dizer - se eu puder... Ela não esperou que ele terminasse. Até o som da voz do coronel a fazia encrespar-se de indignação. Eve lhe deu as costas entrou em casa sem olhar para trás."

Agora, Eve sofre não só pela morte de seu querido irmão, mas também pelo destino que terão todos aqueles que ela acolheu em sua residência. São pessoas que, por um motivo ou outro, foram renegados pela sociedade. Uma tia idosa; uma governanta que já foi presa; um capataz que perdeu um de seus membros na guerra; um cavalariço tido como "retardado" pela população do vilarejo; uma tutora que se viu arruinada ao engravidar do ex-patrão; dois órfãos que foram rejeitados pela família de seus pais. Eve se sente responsável por todos eles, e não só isso: os tem como membros de sua família. Pensar no quão sofrido será para cada um deles a deixa desesperada, pois o seu prazo está perto do fim.

Em uma conversa de taberna, o coronel Bedwyn fica sabendo da situação de Eve e passa a entender a natureza da promessa que fez. Ele tem que pensar em uma maneira de salvá-la, e a única solução que lhe ocorre é lhe propor um casamento de conveniência. Ela teria cumprido o prazo, não perderia sua fortuna e sua propriedade. Ele teria cumprido a promessa feita àquele estimado capitão no leito de morte... mas ambos perderiam a liberdade e o direito de amar um outro alguém. Estariam presos pelo matrimônio, mesmo que não fossem se ver nunca mais. Colocando o bem estar dos seus à frente de seu orgulho, Eve aceita a proposta do coronel. Eles se casam e, como em todo romance de época, eles terão o seu final feliz.

"Ele ficara tempo demais... se apaixonara por Eve, e agora tinha que partir. Ele arriscaria a própria honra?, perguntou-se. Ousaria agarrar a felicidade?"

Há uma coisa que eu falarei sempre que eu fizer uma resenha de um romance de época: o final é previsível, o que o faz valer a pena é o desenrolar da trama. Esse fato faz com que escrever livros do gênero seja um desafio, pois é preciso ousar, é preciso trazer algo diferente do que vemos por aí. Mary Balogh cumpre bem o seu papel e nos proporciona um romance bem escrito, coeso, envolvente e emocionante. Senti falta daquela pitada de humor que normalmente encontramos em livros do gênero, mas o fato de termos uma mocinha tão maravilhosa quanto Eve e um galã tão apaixonante quando Aidan acabaram compensando a falta do humor. Todos os personagens são deliciosos, têm aquela bagagem emocional que faz com que tenhamos muita empatia por cada um deles, e todas as situações narradas fazem com que a gente se transporte para aquele momento e o viva junto com eles, deixando a trama viciante e arrebatadora.

Eve dá um show de personalidade e força, faz tudo o que está ao seu alcance para defender seus entes queridos mas sem deixar de lado o seu orgulho, sua opinião e o seu querer. Aidan é um homem diferente dos mocinhos que estamos acostumados a ver por aí. Ele não tem aquela beleza que cega qualquer mocinha, mas tem a traços marcantes, tanto em sua fisionomia quanto em sua personalidade. Sua honra, lealdade, respeito e o poder de amar sem reservas nos arrancam suspiros, fazendo com que seja impossível não se apaixonar por ele, embora vez ou outra eu tenha ficado com vontade de dar uns tapas e umas sacudidas nele! Rs

"Os modos dele eram muito formais. Seria bondade ou senso de dever que o motivava?, perguntou-se Eve. Ela já tivera alguns vislumbres de uma possível bondade, até mesmo humor da parte do coronel, mas... ele nunca sorria."

Infelizmente não posso falar muito sobre a edição, pois o li em e-book, mas como se trata de um livro da Arqueiro, tenho certeza de que tudo foi impecável - assim como essa capa maravilhosa e super condizente com o tema.

Preciso dizer que eu indico? Não, né?
Então não perde tempo, não! Cooooorre pra ler!

"Entraram em outro sonho. Não, melhor do que um sonho. Em uma realidade dinâmica, animada, feliz, que eles trabalhariam juntos para manter assim pelo resto de suas vidas."

"Existe algo infinitamente melhor do que felizes para sempre. Há a felicidade. Que é algo vivo, dinâmico, Eve, e tem que ser cuidada a cada momento pelo resto de nossas vidas. É uma perspectiva muito mais empolgante do que a ideia tola e estática de um felizes para sempre. Não concorda?"

Eu concordo, Aidan, seu lindo! 💖

Surra de quotes porque eu estou com o coração quentinho esses dias... kkkkkkkkkk
Tem alguém se derretendo por romances aqui? Hum? 😌