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21 novembro 2017

{Resenha} ~ À procura de Audrey - Sophie Kinsella ~

Oi,  pipows!
Como estão?
Aproveitaram o feriado prolongado para colocar as leituras em dia? 
Eu sim! Fiquei de pernas pro ar e passeei um bocado. Teve bom! 

Vim para falar de um livro que eu li faz um tempinho - o li em agosto -, e como ele não tão marcante quanto eu imaginei, acabei de esquecendo de falar dele aqui para vocês. 


Quando li: Agosto, 2017.
Título: À procura de Audrey
Autor(a): Sophie Kinsella
Editora: Galera Record
Páginas: 336
Avaliação: 
Onde comprar? Amazon | Americanas | Saraiva | Submarino
Sinopse: Audrey, 14 anos, leva uma vida relativamente comum, até que começa a sofrer bullying na escola. Aos poucos, a menina perde completamente a vontade de estudar e conhecer novas pessoas. Sem coragem de sair de casa e escondida por um par de óculos escuros, a luz parece ter mesmo sumido de sua vida. Até que ela encontra Linus e aprende uma valiosa lição: mesmo perdida, uma pessoa pode encontrar o amor. 

Audrey tem pais amorosos, mas estranhos. Sua mãe é viciada em determinado jornal, e sempre que uma notícia tida como alarmante para ela é dada, ela surta. O patriarca da família, um cara bem da paz, deixa a esposa se divertir com suas excentricidades, mesmo que elas acabem enlouquecendo toda a família. Seu irmão vais velho é viciado em um jogo de computador, e a maior parte da trama envolve esse seu vício, pois sua mãe viu no tal jornal o quanto a exposição a determinados games podem fazer mal aos jovens. E pra fechar, um caçula fofinho, que fala coisas desconexas e que deixam o ambiente mais leve, até normal.

Ela era uma adolescente um tanto quanto normal, mas ao começar a sofrer bullying no colégio, acabou se escondendo do mundo em casa, na proteção daquilo que a faz sentir bem. Além de se esconder em casa, ela vive atrás de um par de óculos escuros, acessório que ela não tira nem mesmo em casa, nem mesmo para falar com os pais. Em meio ao caos criado por sua mãe por causa das jogatinas online do filho, Audrey acaba conhecendo melhor um dos amigos do seu irmão, um carinha simpático chamado Linus. Ele se aproxima aos poucos, e essa aproximação despretensiosa acabou salvando a garota.


Uma simples ida ao Starbucks era quase inimaginável para ela. Ir ao parque numa tarde de sol tomar seu sorvete preferido? Sem chance. Falar com estranhos? Impraticável. Mas depois de Linus, tudo isso se tornou possível. Mesmo estando escondida de tudo e de todos, ela foi encontrada pelo amor. E esse amor puro a salvou da depressão, da solidão, do medo.

À procura de Audrey tem uma trama extremamente simples e fluida, por isso é simples fazer um resumo do que acontece ali. Ele tem muitas falhas, é bem verdade, mas há também coisas boas. Vamos deixar as coisas boas para final, assim terminamos a resenha com um sorriso!

O que mais me incomodou na estória foi o fato de que o bullying foi altamente mencionado, suas consequências, nem se fala, mas os motivos para ele ter acontecido não foram mencionados. Não sabemos se ela sofreu bullying por ser alta, ou baixa, gorda ou magra, nerd ou introspectiva, feia ou bonita. Este é um tema importante, que precisa ser discutido, e por mais que tenha havido certo carinho da autora para com ele, relatando as sessões de terapia da protagonista, suas evoluções e seu tratamento, não ter mencionado o que levou a garota a tudo isso fez com que a estória ficasse inverossímil, não nos permitiu ter empatia pela protagonista. É difícil entender e se envolver com algo que não se conhece, não é verdade?


Outra coisa que me incomodou bastante foi a narrativa. Ela é feita em primeira pessoa, e como sua narradora tem apenas 14 anos, somos bombardeados com uma série de gírias, expressões adolescentes chatas e enfadonhas. Aí você me diz: Fabi, queria que a menina falasse certinho, sem uma gíria sequer? Não, não era isso que eu esperava. Mas eu gostaria que fosse um pouco menos chata para que eu não a achasse tão arrastada. Ou poderia ter uma narrativa em terceira pessoa, deixando as gírias e afins para os diálogos protagonizados pelos jovens da trama.

Os personagens não foram tão bem desenvolvidos quanto eu gostaria, algo que também dificultou a empatia. Não saber como Audrey era antes de passar por todos esses problemas fez com que ela parecesse uma pessoa vazia, sem vontades e "quereres". Algumas descrições dos personagens foram meio jogadas ao vento, por isso, encaixa-las nos mesmos para dar mais humanidade a cada um ficou bem complicado. E eu queria muito que isso tivesse acontecido, pois acho que todos têm muito potencial, principalmente Linus. Pouco se falou dele, e por isso ficou estranho shippar os dois, entendem? Sinceramente eu nem sei se em algum momento em quis que eles ficassem juntos. Nem cheguei a comemorar o primeiro beijo.

Em contrapartida, há coisas boas, sim. O tratamento adotado pela terapeuta é bem dinâmico e bacana - ela pede para que Audrey filme o seu dia a dia, sua família, o que faz e o que deixa de fazer. Essa atividade faz com que a garota se envolva mais com a família, tenha diálogos interessantes e engraçadinhos. Outra coisa bem bacana é como a autora abordou o envolvimento da família com as limitações de Aud. Eles a respeitam, estão sempre por perto quando ela precisa, ninguém a pressiona, todos a defendem com unhas e dentes. Ver a união de todos foi comovente.

Somos presenteados com uma edição linda e caprichada. A capa é bem fofa e coerente com o recheio, a diagramação está linda, e eu adorei a mudança de fonte quando Andrey e Linus trocam bilhetinhos. Achei que a letrinha escolhida deu personalidade aos dois. Ponto para a editora. Arrasou, Galera Record!


Infelizmente, este foi mais um livro esteve no hype, que foi amado por todos, que foi super esperado por mim, mas que não atendeu às minhas expectativas. Não sei se o problema é comigo ou com as pessoas que andam amando tudo o leem sem o menor senso crítico; enfim, achei bem chatinho e decepcionante. Pode ser que a vibe do momento não fosse propícia para este livro? Sim, pode. mas eu não o lerei novamente em outro momento para saber se minha opinião mudará ou não.

E você, já o leu? Gostou? Me conta aí!
Se você é da turma dos que amam esse livro, por favor, não deixe de me amar, tá?
E não se esqueça daquilo que eu sempre digo: gosto é igual bumbum, cada um tem o seu. 😉😗

"Não vai ser para sempre. Vai ficar no escuro o tempo que precisar, então vai sair."


11 comentários:

  1. Bullying é um tema a ser discutido, porque infelizmente muita gente sofre com isso e ainda mais na época da escola, que acaba sendo inevitável, acho que essa é uma das piores épocas pra uma criança e adolescente, senão souber levar, a pessoa fica deprê como no caso da personagem Audrey. Acho que quando a pessoa passa por isso, ela procura algo para se agarrar e tentar melhorar, como o amor que a Audrey encontrou em Linus. Não cheguei a ler esse livro, mas quem sabe futuramente eu vá lê-lo.

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    1. Hoje mais do que nunca precisamos falar sobre o assunto, pois as consequências do bullying estão cada dia mais preocupantes!
      Uma pena que a autora não explorou tão bem assim o universo.
      Espero que tenha mais sorte com este livro do que eu tive, rs!

      Beijocas

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  2. Oi Fabi!
    Não é a primeira resenha que leio desse livro e que tbm foi uma decepção...
    Eu andava bem amorzinho com os livros que tva lendo, mas de uns meses pra cá... Sem contar a ressaca que ando, nd vai...
    Vou deixar anotado na listinha vai que um dia eu tomo coragem pra ler rsrs
    Bjs!

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    1. Eu estava num bad moment assim tbm, Aline!
      Quando terminei de ler O Iluminado, graças a Deus a bad deu uma afrouxada... espero que ela demore a passar! Acho que vc precisa de um livro bem bom pra te tirar desse momento!

      Beijocas

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  3. Pelo que me recordo, é a segunda resenha que leio deste livro e ambas não me fizeram querer conhecer os personagens, infelizmente.
    Em uma época de Bullyng tão em pauta, é necessário sim, que se fale disso o tempo todo, mas que também defina qual a espécia. Talvez a autora tenha almejado isso, apenas falar desse "crime",seja ele qual for.
    Tenho um pouco de aversão a personagens tão jovens assim, pelo mesmo motivo que você mencionou, o linguajar. Dificilmente pegamos um personagem tão jovem e que não seja tão enfadonho.
    Não digo que não lerei,mas...
    Beijo

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    Respostas
    1. Mas....
      Adoro esses "mas", rsrsr!
      Eu concordo plenamente com vc e é por isso que esse livro não funcionou pra mim. Foi complicado chegar até o fim...

      Beijocas

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  4. Eu adoro esses livros com temática de bullying em adolescentes é muito legal de livros assim que abordam dilemas principalmente de quem ainda está no ensino médio

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  5. Olá Fabi ;)
    Adoro os livros da Sophie, lia muito quando era mais nova e ainda tinha preferência por esses romances levinhos. Hoje ainda gosto, tanto que peguei o Minha Vida Não Tão Perfeita dela para ler, mas leio com cuidado sabe, sem altas expectativas.
    Sempre tive curiosidade acerca de À Procura de Audrey, sobre o que era o livro e tal, e confesso que até gostei da premissa. Também acho chato narrativas em que o personagem usa gírias em excesso, mas as vezes o problema é na tradução mesmo :/
    Enfim, adorei a resenha!
    Bjos

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  6. Oi, Fabi!!
    Concordo com você sobre todos os pontos que o livro pecou, também sentir falta de saber mais sobre o bullying que a Audrey enfrentou e também várias vezes sentir que a narrativas chata!! Esse sem dúvida não foi o melhor livro que li da autora mas é um livro legal.
    Bjoss

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  7. Oi, Fabi!!
    Concordo com você sobre todos os pontos que o livro pecou, também sentir falta de saber mais sobre o bullying que a Audrey enfrentou e também várias vezes sentir que a narrativas chata!! Esse sem dúvida não foi o melhor livro que li da autora mas é um livro legal.
    Bjoss

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  8. Fabi!
    Fico feliz que ela conseguiu abordar temas delicados de forma a não ficar tão pesado o livro com sua forma hilária de escrita e que nos alivia um pouco, porque falar sobre bullying e transtornos psicológicos não é para todo mundo.
    Pena que não gostou da linguagem adolescente usada no livro...
    Que dezembro seja repleto de realizações e o final de semana cheio de luz e paz!
    “Dentre os mais dignos predicados de um homem está o de saber dizer a verdade.” (Renato Kehl)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA dezembro 3 livros + 2 Kits papelaria, 4 ganhadores, participem!

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