{Resenha} ~ Era uma vez no outono - Lisa Kleypas ~

Oi  oi, pipows!
Como estão?

Por aqui, a chuvinha continua presente. Tá uma delícia pra dormir e ler! Tem coisa melhor?
E, pra deixar o domingo ainda melhor, acordei com um banquete delicioso feito pelo meu Príncipe. Sim, minha gente, cá temos um domino perfeito!

Pra deixá-lo ainda mais perfeito, vamo de resenha?
Eu tô cheia de resenha pra fazer... e com tempo faltando. Mas aos pouquinhos vou falando sobre todos os livros pra vocês, ok? Tenham paciência comigo... Rs.

Bora?

Quando li: Janeiro, 2017.
Título: Era uma vez no outono - As quatro estações do amor #2
Autor(a): Lisa Kleypas
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Avaliação:
Onde comprar? Americanas | Amazon | Submarino

Sinopse: A jovem e obstinada Lillian Bowman sai dos Estados Unidos em busca de um marido da aristocracia londrina. Contudo, nenhum homem parece capaz de fazê-la perder a cabeça. Exceto, talvez, Marcus Marsden, o arrogante lorde Westcliff, que ela despreza mais do que a qualquer pessoa.
Marcus é o típico britânico reservado e controlado. Mas algo na audaciosa Lillian faz com que ele saia de si. Os dois simplesmente não conseguem parar de brigar.
Então, numa tarde de outono, um encontro inesperado faz Lillian perceber que, sob a fachada de austeridade, há o homem apaixonado com que sempre sonhou. Mas será que um conde irá desafiar as convenções sociais a ponto de propor casamento a uma moça tão inapropriada?   

Lillian Bowman é uma espevitada americana que está em Londres com sua família para que ela e a irmã, Daisy, possam se casar com um carinha da alta sociedade. Apesar de serem extremamente ricos, os Bowman querem um título, querem destaque e, principalmente, querem ser aceitos no high society londrino. Nada melhor para tanto do que casar suas filhas com homens de renome. Mas as coisas não são tão fáceis quanto parecem.

Os americanos são considerados uma espécie de selvagens para os londrinos. Seus modos são considerados rudes e inapropriados aos olhos de Londres e, pra deixar as coisas ainda piores para as irmãs Bowman, elas são muito impulsivas, aventureiras e ousadas. Lillian está sempre se envolvendo em encrencas - como, por exemplo, encorajar suas amigas a jogar um jogo americano, usando somente ceroulas, num canto escondido da propriedade do conde Westcliff. Eles são pegas no flagra, claro, e desde então, ela e o dono da propriedade estão se estranhando. Um ódio gratuito nasce entre eles, e eles não se suportam. Até que um perfume mágico muda tudo.

Ele não é mágico de verdade, mas Lillian acredita ser. Ela tem o peculiar dom de discernir todos os odores possíveis, e em uma visita ao boticário da cidade, ela conhece esse enigmático e "mágico" perfume que parece ter enfeitiçado Marcus, o lorde Westcliff.

Lillian é uma das damas que formam as "Flores Secas", um grupo de mulheres que sempre tomam chá de cadeira durante os bailes da alta sociedade. A primeira delas, Annabelle, acabou se cansado com um homem fantástico e amoroso, conforme pudemos acompanhar em Segredos de uma noite de verão. Cada uma das damas deste grupo tem uma peculiaridade que as impede de serem notadas pelos cavalheiros, por isso, juntas, elas se dedicam a ajudar umas as outras na busca de um marido adequado.

E o próximo evento para tal busca irá acontecer na mansão da família Marsden. Vai rolar uma festança na frondosa propriedade de lorde Westcliff e, a contragosto, a família Bowman foi convidada. Na verdade, este convite o favorece, pois ele pretende propor sociedade ao patriarca da família. Infelizmente, para tanto, ele vai precisar suportar a presença de sua filha mais velha. Mal sabe ele que, em breve, essa insuportável será sua esposa.

Eles se aproximam de forma mais íntima logo nas primeiras páginas. Para variar as irmãs Bowman estão encrencadas, e Westcliff tenta ajudá-las, até ser atraído pelo cheiro inebriante de Lillian. Ele a beija com paixão, como se ela fosse necessária para seu corpo, e desde então, eles tentam se evitar, sem sucesso.

Ao contrário do que diz a sinopse, eles não ficam o tempo todo brigando. Na verdade, o relacionamento deles é até bastante civilizado. Eles se provocam - e muito -, mas na maior parte do tempo, eles estão ocupados demais tentando se evitar, em vão. Eles se encontram, faíscas parecem aparecer sempre, e assim o amor nasce.

A mãe do lorde se opõe ao relacionamento. Ela é uma exigente dama da sociedade que não quer ver sua linhagem pura se misturando. Sua única esperança de manter seus herdeiros puros é Westcliff, já que suas outras duas filhas se casaram com americanos - irônico, não?
Ela se esforça para acabar com o relacionamento deles, nos proporciona alguns momentos em que a soberba transborda, e o preconceito também. Apenas mais um dia na sociedade londrina, né?

Westcliff tenta de todas as formas não se render aos encantos de uma mulher tão diferente e inapropriada, Lillian também tenta fugir do que sente, mas no fim das contas, o amor fala mais alto. Algo normal em livros do gênero, claro. Os finais são sempre óbvios. O que os difere e o que faz deles bons ou ruins é exatamente o desenvolvimento da trama até o tal "felizes para sempre".

Este foi um dos romances de época mais "pobremente" desenvolvido que já li. E isso me surpreendeu, pois essa não é uma característica da autora. Ela tem um toque um tanto quanto cômico para desenvolver o romance de seus protagonistas, com aquela pitada de drama que, nas últimas páginas, nos deixa até meio sem fôlego, mas em Era uma vez no outono, não encontrei nada disso. Achei que este seria o livro mais animado e divertido da série, achei que encontraria um romance com provocações ferrenhas, com um amor que transbordasse bom humor, sensualidade e ousadia. Mas não encontrei nada disso.

Para mim, o relacionamento fos protagonistas foi um tanto frio, algo que, ao meu ver, não combina muito com romances de época. Normalmente eles não são melosos (pelo menos não os que eu li até hoje), mas também não são impessoais como este. Esperei muito por este volume da série, pois no primeiro livro, Segredos de uma noite de verão, eu adorei a irreverência e o espírito selvagem de Lillian. Eu tinha certeza de que este seria o meu livro preferido dentre os demais... mas me enganei.

Westcliff não me fez suspirar, Lillian não foi ousada como eu pensei que seria e, salvo algumas passagens que foram bem interessantes e legaiszinhas, achei o livro bem parado. Isso pode ser resultado das minhas altas expectativas, é claro, mas acho que a autora deixou boa parte do seu feeling de lado quando foi se dedicar a dar vida à história de amor de Lillian e Westcliff.

O que me deixou feliz nisso tudo foi o espetacular gancho que o final do livro nos traz. Ele já me deixou animada para o próximo. Uma pequena frase conteve toda a ousadia que eu achei que encontraria neste volume, e tal ousadia veio da personagem mais improvável de todas. E, já posso adiantar, o gancho foi bem-vindo. Ele anunciou um bom livro, e fez jus ao anúncio. Em breve falaremos sobre ele. 😊