{Resenha } ~ Menina má - William March ~

Hey, pipow!
Como estão?

Eu disse que voltaria na terça, mas acabei não voltando nem apareci ontem, né... mas eu explico o porquê. Bem, na terça num apareci de novo pois precisei fazer umas coisinhas aqui. Quando dei por mim, já era hora de dormir! E ontem, o cansaço me venceu. Comecei um treinamento e ele foi bem puxado... quando eu cheguei em casa só queria saber de banho e cama! Rs. #QuemNunca

Tô devendo vídeo? Tô. Devo não nego, pago quando puder.
Os dois vão ao ar no fim de semana, que é quando terei tempo pra editar o que falta e para upar tudo direitinho. Paciência com a blogueira enrolada mas que os ama, tá? Hehehhe

Hoje eu trouxe uma resenha que é esperada por muitos. Confesso que vai ser beeemm complicado fazê-la, pois esse livro me deixou meio sem prumo, com direito a ressaca e tudo!

Quando li: Agosto, 2016.
Título: Menina má
Autor(a): William March
Editora: Darkside
Páginas: 261
Avaliação: 
Onde comprar? Amazon | Americanas | Submarino

Sinopse: Publicado originalmente em 1954, Menina má se transformou quase que imediatamente num estrondoso sucesso. Polêmico, violento, assustador eram alguns adjetivos comuns para descrever o último e mais conhecido romance de William March. Os críticos britânicos consideraram o livro apavorantemente bom. A história ganhou uma montagem nos palcos da Broadway e, em 1956, uma adaptação no cinema, indicada a quatro Oscars.
Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha e sobre seu próprio passado também.

Rhoda, uma menininha linda e angelical, que vive com sua mãe em um confortável apartamento, frequenta um dos melhores colégios da cidade, é inteligente e a frente de seu tempo. É organizada, metódica, estudiosa e educada. A filha que toda mãe e todo pai queriam ter. Mas toda essa bondade e perfeição escondem algo terrível.

Por trás de toda essa "perfeição", há uma menina egoísta, que só pensa em si mesma e naquilo que ela almeja. E ela é capaz de qualquer coisa - qualquer coisa mesmo! - para ter aquilo que quer. Dissimulada, mente friamente e sempre convence a todos com sua carinha inocente e seus trejeitos, falas e sorrisos ensaiados. Até que sua mãe começa a desconfiar de todas as suas artimanhas.

Acontece que em um piquenique na praia, organizado pela escola, o garotinho que ganhou a medalha de ouro dada àquele aluno cuja caligrafa mais havia se aperfeiçoado durante o ano letivo  - medalha essa que Rhoda almejava - morre de forma estúpida e  trágica. Ele se afogou em um lugar cujo acesso estava proibido aos alunos, e o mais impressionante foi que a medalha que ele usava desapareceu misteriosamente.

Após o comportamento frio indiferente de Rhoda, Christine, sua mãe, começou a observá-la mais de perto, começou até mesmo a fazer análises de acontecimentos do passado. Pequenas coisas que passaram despercebidas por ela até então, naquele momento, pareciam fazer um estranho e assustador sentido. Ela queria saber se sua filhinha, criada com tanto amor por ela e o marido, um pai que mesmo viajando com frequência se fazia presente dando-lhe amor e educação, seria capaz de cometer alguma atrocidade. Será?

Com a ajuda indireta de um amigo, Christine começa a pesquisar mais e mais sobre casos de serial killers do passado. Ela quer encontrar respostas daquilo que por ora é uma dúvida, mas que de acordo com suas pesquisas, pode sim acontecer. Sim, é possível que criancinhas fofas e angelicais possam cometer crimes hediondos. E, para o desespero de Christine, além de ter essa certeza, ela também descobre coisas assustadoras sobre o seu passado e sem querer acaba associando os acontecimentos atuais a esses tais fatos que envolvem ela e sua família.

Antes de começar o livro, imaginei que a leitura seria difícil, que a narrativa seria densa, mas me enganei. Apesar dos fatos pesados e alarmantes, a leitura é fluida e te prende de forma absurda. Os fatos são apresentados de forma nua e crua, fazendo com que fiquem ainda mais impactantes, ainda mais por envolver uma criança - mesmo que a tal criança seja Rhoda, uma guria que não conseguiu me enganar com seus olhinhos cor de mel e suas tranças do  mesmo tom. É como se todos os seus gestos tivessem algo de... sei lá... - demoníaco! - por trás. Ela não dá ponto sem nó, resumindo a novela a grosso modo.

O mais bacana da trama é ver o quanto a perturbação psicológica está presente. Todos os personagens apresentam algum traço diferente... alguma disfunção. E isso pra mim, profissionalmente falando, foi um prato cheio. Até mesmo os personagens secundários foram brilhantemente desenvolvidos a ponto de ser impossível esquecer até mesmo suas falas - eu juro!

A estória rola de forma rápida e sucinta, mesmo sendo rica em detalhes, não sei como, mas o autor vai direto ao ponto, sem mimimi. Em momento algum ela se tornou cansativa, pelo contrário. Acredito que todo leitor vá ficar ávido por mais e mais páginas. A diagramação da Darkside é diferente do que vemos por aí, trazendo uma estrutura pouco convencional ao texto. Os diálogos aparecem de outra forma, sem aqueles parágrafos e travessões de sempre, o que dá mais veracidade à narrativa, que acontece em terceira pessoa. A diagramação está fantástica, trazendo aquele típico capricho que já é de praxe da editora e, pasmem, dessa vez não encontrei nem um erro sequer! #DarksideArrasandoPorCompleto

E antes de finalizar essa resenha, queria dizer... QUE FINAL FOI ESSE, SEN OR!!!! Fiquei sem fôlego, olhando pro nada tentando digerir os acontecimentos. Queria dar um beijo na testa do autor, sério. E tirar o chapéu. Aplaudi-lo. É raro um autor conseguir mergulhar tão fundo na mente humana e fazer isso com tanta maestria. Sr. William March, sinta-se abraçado, beijado e parabenizado aonde quer que o sr. esteja!