Título: Precisamos falar sobre o Kevin
Autor(a): Lionel Shriver
Editora: Intrínseca
Páginas: 463
Avaliação:

Onde comprar? Submarino | Americanas | Saraiva | Extra
Sinopse: Sétimo romance de Lionel Shriver, Precisamos falar sobre o Kevin, vencedor do prêmio Orange de 2005, tornou-se um best-seller mundial que alçou a autora ao status de fenômeno literário. Aclamada por público e crítica, a história da mãe que tenta entender os motivos que levam seu filho adolescente a cometer um massacre na escola teve sua adaptação para o cinema dirigida pela premiada cineasta escocesa, Lynne Ramsey.
Tenho a impressão de que essa será umas das resenhas mais complicadas que farei. Não tenho ideia de por onde começar... não sei o que dizer sobre tudo que eu li! Mas vamos lá! Força, Fabi!
Precisamos falar sobre o Kevin conta a história de uma família americana aparentemente normal. Um casal que se ama. Um homem dedicado à esposa. Uma mulher independente, bem resolvida, inteligente e determinada. A decisão de ter um filho para eternizar o amor do casal.
A princípio, Eva fica animada com a ideia. Ela quer agradar o marido, e sabe que um filho seria um presente perfeito. Ela não entende o que é a maternidade, não faz ideia do quão mágico é ser mãe, mas ainda assim, no fundo ela anseia por isso. Mesmo tendo medos tolos, como o de engordar, por exemplo, ela se arrisca e engravida de seu primogênito, Kevin Katchadourian.
Durante a gravidez, ela acaba descobrindo um novo lado de seu marido Franklin. Ele se torna um homem extremado, cuidadoso. Cuida de Eva como se gravidez fosse uma doença que exige milhões de cuidados que, no fim das contas, não são tão necessários assim.
O tão esperado dia to parto chega e Eva se sente diferente. Ela ainda não conseguiu sentir aquele amor que as mães costumam sentir pelos seus filhos, e se agarra à premissa de que ao ter o bebê em seus braços, isso mudará. Mas não muda. Nada acontece. Aliás, o que acontece é que Kevin faz sua estreia no mundo já cheio de vontades. Ele nega o peito da mãe. Chora descontroladamente, só se acalma nos braços do pai.
A partir desse acontecimento, a vida do casal muda completamente. Franklin vive para o filho, enquanto Eva se acaba tentando cuidar do seu bebê da melhor maneira possível. Kevin se mostra um carinha escandaloso, intempestivo, que gosta de levar as pessoas ao seu limite. É impressionante como mesmo sendo tão pequeno, ele já se mostra tão temperamental. E, um detalhe importante: toda essa cena só acontece na presença da mãe e de suas babás. Diante do pai, o garoto se torna um anjinho de candura. Isso é notável durante toda a história.
A medida em que o garoto vai crescendo, sua personalidade adversa vai se aflorando. Ele se torna uma pessoa de duas faces. O filho que o pai sempre sonhou. O pior pesadelo da mãe.
Todas as "travessuras" - eu chamaria de obra do "coisa ruim", isso sim! - são ignoradas pelo pai. Para Franklin, Kevin é um garoto incompreendido, e que Eva fala coisas absurdas em relação ao comportamento do filho por não gostar do seu anjinho.
Eva decide ter outro filho. Ela quer tentar de novo. Anseia, desesperadamente, por alento. Ela quer sentir o sublime amor de mãe, aquele amor que não consegue nutrir por Kevin. E, contra a vontade de marido, ela engravida mais uma vez. Ela dá a luz a uma menina, Celia, e a chegada dela deixa as coisas ainda piores. SIM. ISSO É POSSÍVEL! Kevin se dedica a ser cruel com a irmã, e chega a cometer verdadeiras atrocidades com a garotinha. Preparem-se para momentos fortes.
Após tantas diabruras, aos 16 anos, em uma quinta-feira aparentemente como outra qualquer, Kevin extrapola todos os limites possíveis e impossíveis e promove uma chacina em sua escola. O evento é friamente calculado por ele, e é citado a todo tempo no livro como a quinta-feira.
A história é narrada em primeira pessoa por Eva, em forma de cartas. Ela escreve ao seu marido contando o seu dia-a-dia após a quinta-feira, contando coisas que jamais havia dito ao esposo na época em que elas aconteceram, quando Kevin ainda era uma criança. Ela narra o que pensou, como se sentiu, coisas que nunca vieram à tona.
Precisamos falar sobre o Kevin é um livro denso, forte, chocante, mas extremamente delicioso, apesar dos pesares. É fascinante como a autora parece ter entrado na mente de um criminoso e ter aproveitado para nos contar o que acontece lá dentro, desde que o bebê é concebido. Em alguns momentos a narrativa se torna um pouco maçante, cansativa, pois Eva acaba se prolongando em passagens irrelevantes. Mas o momento "preguiça do livro" passa rápido, acredite!
O final é um show à parte. Você passa o livro inteiro se fazendo mil preguntas, e no fim, elas são magistralmente respondidas.
Gente, é um livro impecável.
Se prepare para sentir todas as emoções possíveis e impossíveis!
E aí... vamos falar sobre o Kevin?
Parabéns pela ótima resenha...Livro pesado, mas muito interessante, intrigante, gostei muito...
ResponderExcluirBjs..
Ana
Obrigada, Ana!
ExcluirRealmente é um livro complicado né? Mas ainda assim, muito bom!!!
Obrigada por nos visitar... Volte mais vezes! Beijos
Adorei a resenha.. ficou ótima.. parabéns pela resenha e pelo blog... mto bom... mas sou suspeita de falar desse livro.. pq nutro uma paixão platônica por ele... meu kevinhoooo hahahhahaha
ResponderExcluirNão fiquei assim tão apaixonada pelo Kevin mas acabei tendo uma certa simpatia por ele no fim das contas viu Aline... ShIUSHauishUIAHSiuh
ExcluirObrigada pela visita!
Beijos!
Oie Fabíola, ótima resenha!!
ResponderExcluirNão imaginei que fosse sobre esse assunto, e nem conhecia esse livro ! Mas gostei muito da historia, obrigada por compartilhar!
BJoks
Every Little Book
Lud, é um livro excelente. Ele mexe demais com os nervos da gente! Mas, ainda assim, a abordagem não é tão pesada quanto imaginei que seria! Vale a leitura, sem dúvida!
ResponderExcluirBeijos!
Tadinho do Kevin .. ele é filho do Capiroto,mas mesmo assim tenho dó!
ResponderExcluirTambém tenho... E da Eva também! :'(
ResponderExcluir