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14 agosto 2018

{Resenha} ~ Os imortalistas - Chloe Benjamin ~

Alow, seus boniiiiito!
Tudo bem por aí?
Por aqui tá tudo sossegado. Começo esta resenha aqui, no trabalho, mas sei que não a terminarei nem tão cedo. Primeiro porque as coisas aqui mudam de um segundo para o outro - sim, segundo! - e também porque eu ainda não sei o que dizer sobre esse livro, então, certamente eu ficarei relendo e reescrevendo essa humilde resenha muitas e muitas vezes. Ao fim da mesma, eu conto se isso realmente aconteceu.

Senhoras e senhores, lhes apresento uma das resenhas mais complexas de minha pequena vida de blogueira.



Skoob
Quando li: Julho, 2018.
Título: Os imortalistas
Autor(a): Chloe Benjamin
Editora: HarperCollins Brasil
Páginas: 320
Classificação:  
Onde comprar? Amazon | Americanas | Saraiva | Submarino


Ler um bom livro é, de fato, uma experiência única na vida de qualquer pessoa - que dirá na vida de uma leitora voraz. Livros que, de alguma forma, mexem conosco e que, de maneira nada sutil, te faz pensar em mil e uma questões complexas e de incomensurável importância, certamente, são livros que ficam em nossas memórias e corações para sempre, e por isso, merecem uma atenção a mais. Merecem ser indicados. Merecem ser... ovacionados? Sim. Ao meu ver, sim.

O início deste post foi escrito mais ou menos às 08:30 da manhã. São 14:11. Meu dia no trabalho continua relativamente tranquilo, e até o momento, somente um parágrafo se salvou de tudo o que já foi escrito aqui. É isso aí, meus amigos. Essa resenha está dando pano pra manga para esta pequena blogueira que vos fala. E querem saber o por quê? Porque ele traz assuntos que exigem certa destreza, suavidade e delicadeza ao serem abordados.

Como falar de morte de uma maneira delicada?
Como expressar a dor de uma família que, pouco a pouco, vai se desfazendo por causa dela?
Como expressar em palavras o que cada membro dessa família sentiu com a partida de seus entes queridos?

Chega de rodeios. Vamos ao que interessa!
As quatro crianças Gold ficam sabendo de um boato um tanto quanto desconcertante: há uma vidente na vizinhança. Mas ela não é uma vidente qualquer. Ela é uma vidente capaz de dizer o dia de sua morte.

Depois da visita à estranha mulher, cada um deles absorve e processa a informação de uma maneira diferente, o que é bem óbvio pois, apesar de serem irmãos, suas personalidades são completamente diferentes. Varya, a mais velha, é calculista, certinha e um tanto quanto fria. Daniel, o segundo filho dos Gold, é um cara responsável, maduro e que demonstra ser um dos mais pés no chão de todos os quatro. Klara é uma sonhadora e acredita que há uma linha tênue entre a magia e a realidade. Simon, o caçula, é o mais sensível de todos eles e sonha em ter uma vida diferente da que ele está destinado. Cada um deles segue por um caminho, mas sem deixar de lado aquela informação desconcertante. Será que ela estava certa?

Infelizmente, não posso falar mais do que isso. Eu queria, acreditem. Eu queria ficar falando e falando desse livro por horas, mas ao mesmo tempo, quero plantar a sementinha da curiosidade e da vontade louca de lê-lo. Enfim, vamos a algumas considerações.

Os imortalistas tem uma narrativa fluida, leve, o que é de extrema importância para a trama, uma vez que os assuntos abordados são complicados e delicados. Morte; homossexualidade; guerra; estudos feitos em animais a fim de prolongar a vida; magia... esses são só alguns dos temas brilhantemente narrados por Chloe Benjamim.

O livro é divido em quatro partes, por assim dizer. Cada uma delas conta, com detalhes, a história de um dos irmãos. Todas estão interligadas, é claro, mas a autora dividiu em quatro partes a fim de fazer com que tenhamos uma maior interação com cada personagem e com os acontecimentos de suas vidas. A história seguinte começa quase que exatamente aonde a anterior parou, porém tendo em foco um personagem e uma vida diferente. Jogada de mestre, podem acreditar.

Este é o tipo de livro que te deixa com mil e uma perguntas na cabeça (perguntas estas que, em breve, eu farei a vocês), que te faz pensar meeeesmo no que foi proposto ali. Essas perguntas não são feitas por haver furos na trama e sim porque a autora nos convida a questionar os fatos ali narrados. A intenção da mesma é incomodar, é te fazer pensar, e como já mencionado, questionar. E não pense que são perguntas tolas, não. São perguntas que eu, particularmente, demorei um bocado para responder.

A construção de seus personagens foi um tanto quanto complexa, mas muito bem feita. Já de cara ela quer te mostrar, principalmente, que não é por eles serem da mesma família que precisam pensar e agir da mesma maneira. Quem nunca ouviu "ah, eles são tão diferentes... .nem parecem irmãos"? Outra coisa que fica bem evidente é que toda e qualquer família tem os seus problemas e percalços e que isso independe da classe social, religião e por aí vai.

Apesar de ter amado forte o livro, algumas coisas me incomodaram. Uma delas é um esteriótipo que, infelizmente, tem sido muuuuito usado por aí: em grande parte das histórias, os autores descrevem gays como pessoas promíscuas, e isso tem me incomodado cada vez mais. Então quer dizer que, só porque o Joãozinho é gay, ele é um promíscuo que sai pegando geral e, como consequência, ele contrai AIDS? ALOOOWWW??? Gente, eu fiquei realmente chateada com isso. Isso pode acontecer com qualquer serumaninho, senhores autores! Por que cargas d'água vocês insistem em narrar esse tipo de acontecimento só com gays? E outra... não são somente as pessoas promíscuas que contraem AIDS, vocês sabiam, senhores autores? Tá na hora de se atualizarem! Brigada. De nada.

Outra coisa que me incomodou foram os pequenos erros de digitação que encontrei. Nada gritante, ok, mas levando em consideração que estamos falando de uma editora renomada, que tem caprichado cada vez mais nas edições e que, até o momento, só me proporcionou estórias maravilhosas, encontrar erros de digitação é no mínimo incômodo. Os erros não prejudicam a leitura e, ouso dizer, certamente passaram despercebidos por muitos dos leitores (pra vocês terem ideia do quão bobos são), mas eu sou chata, como vocês sabem, então... enfim. Falo mesmo.

E por falar em edição... minha gente... que edição maravilhosa! Eu fiquei com o queixo caído quando eu abri a caixinha da Harper e me deparei com esse livro maravilhoso, em capa dura, com pétalas de flores desidratadas na capa e também acompanhando o livro, dando ainda mais glamour e um toque de mistério à trama. Que coisa mais linda, gente! PS: Não tem foto na resenha de propósito. Quero deixar para mostrar esse carinha maravilhoso no próximo post que vai rolar por aqui sobre o livro, tá?

Já me prolonguei demais - como sempre acontece quando gosto demais de um livro, inclusive. Eu vou ficando por aqui. Ah! Não pensem que parei por aqui, hein. Em breve voltaremos a falar sobre essa gracinha! 😉

E, só para atualizar os dados que coloquei lá no início da resenha: eu a comecei no dia 10/08/2018. Hoje são 14/08/2018, 14:10. Será que demorei? Rs.
Ah! E demorei para aparecer por aqui por motivos de... BIENAL DO LIVRO!
Vai ter post? Vai, sim senhorx!


15 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Oi Fabi
    Muito boa... e obrigada por me deixar curiosa rs, tanto sobre o conteúdo do livro como pela foto do mesmo rs... Bom a resenha como sempre me deixou com aquela vontade de ler o livro (Vai me levar a falência kkk, mas eu não ligo)... mesmo ainda não tendo ingressado de fato no mundo do suspense e terror acredito que esse será um livro bem interessante para começar.
    Parabéns pela resenha....
    Bjs

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  3. Olá Fabi!
    Adorei a resenha, eu tenho muita vontade de ler esse livro, ainda mais pq amo o gênero e quando li a sinopse deste, fiquei curiosa para conhecer.
    Confesso á vc que ando incomodada com o msm motivo que vc...Acho que qualquer ser humano está de alguma forma exposto á algum risco então...Acho tbm que deveriam atualizar isso aí...

    Bjs!

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  4. Peraí. Deixa eu ir ali colocar o livro na lista de desejados, primeiro!
    Pronto! Agora é preciso falar do capricho da Harper com seus livros. É uma das grandes Editoras que vem caprichando em seus livros, edições e isso é maravilhoso!
    Em terceiro, como não conhecia o livro, estou aqui repleta de perguntas e de vontade de ler a obra pra hoje!
    Também não gosto desse jeito besta de ficar retratando gays desta forma tão baixa. Os tempos evoluíram? Sim! Mas acredito que não seja apenas isso,apenas nunca foram desta forma como quase sempre é retratado em livros, filmes e afins!
    E com certeza, espero ler o livro em breve.
    Beijo

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  5. Oi Fabi. Para compensar o tempo, valeu cada momento em que escreveu a resenha, ficou maravilhosa! Quando esse livro foi publicado já fui atraída pela capa com essa arte lindíssima e o título... eu acredito que o título pode fazer os primeiros milagres para um livro! Pela sinopse já sabia que o livro trataria do tema 'morte' que é delicado e complicado de se falar, mas jamais imaginei que navegaria por outros assuntos tão complexos quanto. Realmente deve ser uma obra singular que fica marcada na memória dos leitores. Com certeza, lerei, em algum momento da minha lista interminável de leitura!
    Beijos
    http://espiraldelivros.blogspot.com/

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  6. Fabi!
    Não achei que demorou não, 4 dias é bem razoável.
    Interessante poder acompanhar e torcer pela família Gold, sua saga, suas 'maldições'...
    O que mais me interessou foi a parte dos anos 80, afinal, passei minha adolescência durante esse período e gostaria de acompanhar e fazer um 'revival' da época.
    Não conhecia o livro.
    “As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?.” (Mahatma Gandhi)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA AGOSTO - 5 GANHADORES - BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  7. Eu já havia visto e me apaixonado pela capa do livro aqui pela blogosfera, mas ainda não sabia exatamente qual era a proposta dele. Achei original e mega diferente a ideia da trama. Acredito que ela tenha um potencial enorme de reflexão para o leitor, de aprendizado e reformulação de conceitos e prioridades. Falar sobre morte é sempre muito complexo, assim como tratar da vida, que é o que acontece aqui à medida que acompanhamos o crescimento e amadurecimento das crianças. Acho que o livro tem tudo pra ser lindo e marcante!

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  8. Olá, livros que abordam temas delicados, quando o fazem de maneira cuidadosa, sempre marcam a vida do leitor. Além disso, o estilo de escrita multifacetado de Benjamim corrobora para que seja possível extrair cada detalhe da trama, qual não falha ao passar reflexões tão necessárias para reverter alguns problemas ainda presentes na sociedade. Beijos.

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  9. Oi, Fabi!

    Nossa, fiquei muito curiosa para acompanhar as vidas dos quatro personagens e saber o que a vidente disse para cada um... Já estou adicionando Os imortalistas na minha lista de leitura, espero lê-lo em breve!
    Também acho algo bastante negativo esse esteriótipo usado para os gays, descrevendo-os como pessoas promíscuas, qualquer pessoa pode ser promíscua independentemente da sua sexualidade...
    Enfim, valeu pela dica. Ficarei esperando seu post sobre a Bienal do Livro. Bjos!

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  10. Realmente este livro esta deixando a gente com aquela pulga atrás da orelha de interesse e curiosidade. Sua premissa é muito diferente de qualquer livro que já tenha lido, e até a divergência de opinião sobre o livro me deixa na expectativa.Espero poder conferir em breve!

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  11. Olá Fabíloa. Mais que aceitável a desculpa para a sua ausência no blog, afinal Bienal e Bienal, não é? Não conhecia o livro, mas já vi que ele tem um conteúdo muito denso e vasto pois engloba muitos gêneros literários. E essa capa linda está arrasadora, principalmente por ser em capa dura. Alguns erros de diagramação podem ser ignorados mas não deixam de incomodar. Beijos

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  12. Não fiquei tão interessada no livro quanto pensei que ficaria eu me lembro de ter ficado muito empolgada em ler ele na época de lançamento mas pelo que vejo de resenhas realmente não é algo que vai chamar minha atenção

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  13. Nossa! Eu ia passar longe dessa vidente. Mas fiquei muito curioso em saber como o enredo se desenvolve a partir disso. Concordo com o que você disse sobre os estereótipos, e por mais que se fale o contrário, sempre voltamos neles. Erros em livros incomodam mesmo, deveriam valorizar mais a revisão.

    Evandro

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  14. Nossa o livro aborda temas fortes mesmo,coisas que podemos nos deparar no dia a dia, com alguém próximo da gente. Fico imaginando qual seria minha reação se alguém me desse a data exata da minha morte, acho que todos ficariam meio perdidos, querendo fazer mil coisas ao mesmo tempo!! Já quero ler esse livro e saber o desfecho!!

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  15. Amei a resenha e a forma dinâmica de falar sobre o livro. O que você queria, conseguiu queria Fabíola... *sementinha da curiosidade implantada, atualizada e reatulizada com muitíssimo sucesso*
    Adoro livros com histórias assim, profundas e que nos fazem pensar e questionar tudo. Com certeza está na lista!
    Fiquei meio chateada com esse acontecimento do estereótipo gay, onde já se viu que em pleno "século 2018" ainda tem isso?! :(
    É a primeira vez que vejo falar de erros com a editora HC, sempre ouvi falar muito bem e gosto bastante, mas é ótimo que não seja nada que afete a leitura!

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